Meu nome é Tom. Tom Zé.
O show estava um espetáculo. Canta daqui, pula dalí, conversa da lá... De repente e ele começa a posar para a minha câmera.
A música acaba. Ele estende a mão para mim, me puxa e diz: "Agora todos os fotógrafos aqui em cima do palco. Eu quero fotografar vocês!"
"E é só apertar aqui? Ok, fotógrafos, todos juntos! Xis!".
Tudo certo, tivemos nossos 15 segundos de fama... Descemos e o show continuou.
No final, o agradecimento. Pega na mão de um da platéia aqui, de outro fã alí e de repente ele vem até mim! "Obrigada, minha querida!" e me abraça! Rs... Esse é o Tom Zé!
São, São Paulo
Tom Zé
São, São Paulo meu amor
São, São Paulo quanta dor
São oito milhões de habitantes
De todo canto em ação
Que se agridem cortesmente
Morrendo a todo vapor
E amando com todo ódio
Se odeiam com todo amor
São oito milhões de habitantes
Aglomerada solidão
Por mil chaminés e carros
Caseados à prestação
Porém com todo defeito
Te carrego no meu peito
São, São Paulo
Meu amor
São, São Paulo
Quanta dor
Salvai-nos por caridade
Pecadoras invadiram
Todo centro da cidade
Armadas de rouge e batom
Dando vivas ao bom humor
Num atentado contra o pudor
A família protegida
Um palavrão reprimido
Um pregador que condena
Uma bomba por quinzena
Porém com todo defeito
Te carrego no meu peito
São, São Paulo
Meu amor
São, São Paulo
Quanta dor
Santo Antonio foi demitido
Dos Ministros de cupido
Armados da eletrônica
Casam pela TV
Crescem flores de concreto
Céu aberto ninguém vê
Em Brasília é veraneio
No Rio é banho de mar
O país todo de férias
E aqui é só trabalhar
Porém com todo defeito
Te carrego no meu peito
São, São Paulo
Meu amor
São, São Paulo
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